Aproveitando-se
das manifestações em junho de 1983, interesses econômicos
financiaram os “manifestoches”, que tiveram infraestrutura e
logística, com convocações e divulgação pelos meios de
comunicação.
Com
aceitação popular (pelo menos de percentual expressivo da
população), ficou mais fácil encontrar uma motivação, mesmo que
frágil, para o afastamento da presidente. Para convencer os mais
críticos, foram utilizados argumentos que procuraram isentar de
interesses os juízes, procuradores e investigadores argumentando
que os corruptos que deram o golpe seria pegos pelas investigações
de corrupção (primeiro a gente derruba o governo, depois pega o
restante) e, para dar credibilidade a este argumento, na seleção
de vazamentos das investigações sigilosas, vez por outra incluem
os golpistas nas denúncias, sem que estes sejam presos ou
processados e, se processados, os processos sejam travados na
denúncia ou em juízo.
Os
golpistas e seus interesses
Os
golpistas são os que não foram eleitos e que tentaram, de todas as
formas, primeiro anular a eleição e depois a deposição do
governo para estabelecer uma política conveniente aos seus
patrocinadores: grandes empresas (inclusive estrangeiras) com
interesses no petróleo e na diminuição de sua carga tributária e
obrigações trabalhistas, empresas de comunicação visando ampliar
seu domínio, empresários interessados em manter relações
promíscuas com o poder público.
Os
golpistas tiveram como aliados membros corruptos do legislativo,
devidamente remunerado, que travou as ações do governo por um lado
e, por outro, estabeleceram as “pautas bombas”, visando
inviabilizar de todas as formas o governo, já desacreditado por ter
adotado uma política diversa da que foi proposta na campanha
eleitoral.
O
grande interesse dos golpistas, todos corruptos, era (e é)
comprometer o PT e se livrar de acusações, como de fato aconteceu.
A continuidade do golpe e o
triplex
A
lava jato, desde antes do golpe procurava desesperadamente alguma
prova ou indício que pudesse utilizar como acusação contra Lula.
Assim passou-se a torturar os envolvidos na lava jato para que
denunciasse Lula. A tortura envolvia qualquer tipo de delação, até
que surgiu a história do triplex, uma quota de um condomínio
adquirido há bastante tempo que foi cair no estoque da OAS, que
tentou vender uma unidade modificada para triplex para o ex
presidente, que não adquiriu o tal imóvel.
A acusação e a condenação
Não
se confirmou a posse do imóvel, que foi visitado uma única vez por
Lula e duas por sua esposa. As testemunhas arroladas não
comprovaram a intenção da transferência do imóvel. A condenação
se deu pela possível intenção da transferência do imóvel por
favorecimentos genéricos não definidos. Vemos que a condenação
não tem vinculação com a acusação.
Numa tentativa de justificar o absurdo de uma acusação de corrupção onde milhões de dólares são trocados por alguns reais, chegou-se ao absurdo da supervalorização das tais "melhorias", incluindo até um elevador inexistente, tudo isto apoiado pela imprensa interessada na condenação, que hoje se desfez com a invasão do apartamento pelo movimento MTST, que mostrou a precaiedade do apartamento e a inexistência de qualquer benfeitoria.
Mas a condenação existiu. E com a anuência das instâncias superiores. Tanto que foi julgado antes do TRF 4 receber o recurso, já que o juiz, antes de ler a condenação, já declarou que esta era tecnicamente irretocável.
Numa tentativa de justificar o absurdo de uma acusação de corrupção onde milhões de dólares são trocados por alguns reais, chegou-se ao absurdo da supervalorização das tais "melhorias", incluindo até um elevador inexistente, tudo isto apoiado pela imprensa interessada na condenação, que hoje se desfez com a invasão do apartamento pelo movimento MTST, que mostrou a precaiedade do apartamento e a inexistência de qualquer benfeitoria.
Mas a condenação existiu. E com a anuência das instâncias superiores. Tanto que foi julgado antes do TRF 4 receber o recurso, já que o juiz, antes de ler a condenação, já declarou que esta era tecnicamente irretocável.
Conclusão
Nenhum comentário:
Postar um comentário