sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estrada liga a América do Sul ao continente asiático

Duas rodovias interoceânicas estão em fase de finalização e devem entrar em operação ainda em 2011

Imagine uma rodovia cortando o Continente Sul-Americano de Leste a Oeste, ligando o Oceano Atlântico ao Pacifico. Essa via teria impacto sobre o transporte de carga e passageiros, promoveria a integração de povos sul-americanos e facilitaria o intercâmbio comercial na região e com o mundo.
Em breve não será mais preciso imaginar, pois dois corredores rodoviários estão em fase de finalização. “Um deles pode ficar pronto ainda nesse semestre”, disse o chefe da Coordenação-Geral de Assuntos Econômicos da América do Sul para o Itamaraty, o ministro João Mendes Pereira.
  
Quatro dos cinco trechos da Rodovia Interoceânica Sul ou Estrada do Pacifico, no Peru, já estão em operação. A rodovia vai ligar a cidade de Assis Brasil, no Acre, aos portos de San Juan de Marcana, Matarani e Ilo.

O outro corredor rodoviário vai conectar os portos de Santos, em São Paulo, aos de Arica e Iquique, no Chile. Essa rodovia vai atravessar o Mato Grosso do Sul e a Bolívia, melhorando a integração desses países no âmbito da América do Sul e dando ainda mais opções para o comércio exterior boliviano, que não conta com saída litorânea. A infraestrutura na parte brasileira já está em operação, restando agora a finalização de trecho de cerca de 40 km por parte da Bolívia, prevista para 2011.

“Mais do que facilitar as exportações brasileiras, os dois corredores vão promover um grande processo de desenvolvimento para a região”, afirmou o ministro Pereira. Ele explicou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) têm relação direta com a integração sul-americana. “A melhoria da malha rodoviária nacional e as obras dos corredores estão em simbiose, ou seja, progridem juntas como indutores do desenvolvimento regional”.

Rodovias desafiam obstáculos naturais

A construção de rodovias do Atlântico ao Pacífico não é tarefa fácil. Um dos maiores desafios é atravessar a Cordilheira dos Andes: a maior cadeia de montanhas do mundo se estende da Patagônia, no Chile, até a Venezuela; tem cerca de oito mil quilômetros de comprimento, com largura média de 160 quilômetros e altura média de quatro mil metros. Outro obstáculo é construir na Floresta Amozônica. Além de passar grandes rios, é preciso reduzir os impactos ambientais.

Custos mais baixos no transporte aumentará competitividade

As novas rodovias bioceânicas devem consolidar o papel do Brasil como líder continental. As exportações serão beneficiadas ao abrir alternativas de escoamento da produção, com menores distâncias, custos mais baixos e, consequentemente, maior competitividade dos produtos no mercado internacional, salienta documento de balanço da integração produzido pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

A informação ganha ainda mais força quando se sabe que a China já superou os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil, com um movimento de 56 bilhões de dólares em 2010, o que é 25 vezes mais do que em 2000.

Hoje o Brasil tem três alternativas para chegar ao Pacifico e levar seus produtos à Ásia: sair dos portos brasileiros e contornar o continente em direção à complicada passagem do Estreito de Magalhães, na Patagônia, Chile; contornar o continente em direção ao norte e atravessar o Canal do Panamá; ou utilizar o corredor interoceânico já existente entre Buenos Aires, na Argentina, e o porto de Valparaíso, no Chile.

Enquanto a Ásia é responsável pela compra de uma parcela importante de produtos primários brasileiros, como soja, carne e minério de ferro, os países da América do Sul são os destinos finais da maior parte dos produtos industrializados e com grande valor agregado.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), o Brasil manteve-se superavitário no comércio com os outros países do continente. Em 2010, o Brasil exportou para esses países cerca de US$ 37 bilhões e importou aproximadamente US$ 25 bilhões.  
Por outro lado, os corredores constituirão um vetor fundamental para o aprofundamento da integração sul-americana ao incrementar as trocas comerciais entre os países situados ao longo das rodovias, bem como estimular o fluxo de pessoas, com repercussão positiva, entre outros setores, no de turismo.

Brasil financia infraestrutura

Outra importante iniciativa brasileira para a integração física sul-americana concentra-se no financiamento aos projetos de infraestrutura. Dos mais de 80 financiamentos aprovados para países da América do Sul, 20 são do setor de Transporte, necessário para a exportação de bens e serviços.

A Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (Iirsa) foi lançada no ano 2000, pela Cúpula de Brasília, primeira reunião dos 12 presidentes da América do Sul. Ao longo de uma década, formou-se ampla base de conhecimento, fruto da criação de um grupo de diálogo entre os ministérios competentes dos 12 países, apoiada na metodologia elaborada com apoio dos bancos de fomento que apoiam a Iirsa.

Com base em universo de mais de 500 projetos, definiu-se, na III Reunião de Presidentes da América do Sul (Cusco, dez/04), uma carteira de 31 projetos prioritários, que formam a Agenda de Implementação Consensuada (AIC). Entre eles, os dois corredores rodoviários interoceânicos.

Com a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a Iirsa passará a ser o Foro Técnico do Conselho de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan) do governo brasileiro. Isso assegurará a continuidade da coordenação entre os países da região em prol do desenvolvimento integrado.

Fonte: Secom

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Competências de um Novo Profissional

Há organizações que em tempos difíceis demitem alguns de seus profissionais. Porém, há profissionais que sempre ficam na organização. Eles não correm riscos, passam por várias crises e só saem se querem, e não porque são demitidos. São aqueles talentos considerados como estrelas na Organização.

A empresa depende mais desse profissional do que ele dela. O que diferencia o profissional estrela daqueles que são demitidos? Normalmente é o famoso CHA – Conhecimentos, habilidades e atitudes. Esses são os profissionais competentes naquilo que fazem. Então, como ser um profissional estrela? Como ser um vencedor nesse mundo de extrema competitividade? Acredito que se entendermos o que as organizações esperam é possível melhorar a empregabilidade e ser um profissional vencedor.

O profissional precisa apresentar um determinado nível de conhecimento sobre os procedimentos, normas e padrões internos da organização necessários para exercer suas atividades: é isso que as Organizações querem. As Organizações, também, esperam que o profissional se desenvolva, tome para si a responsabilidade de manter-se atualizado. Que procure prover os meios de preencher as lacunas de competências técnico-funcionais solicitando, quando necessário, apoio institucional. Enfim, que tenha conhecimento.

Muitas são as habilidades que esses profissionais precisam ter. Algumas, porém são comuns à maioria dos profissionais, nas mais diversas organizações. A primeira habilidade que relaciono é a responsabilidade. A empresa espera que o profissional tenha envolvimento e comprometimento com o trabalho. Espera, também, que se empenhe em manter organizado e em bom estado equipamentos, ferramentas, instrumentos e o local de trabalho.

Outra habilidade fundamental nos dias de hoje é a capacidade de trabalhar em equipe e de ter bom relacionamento interpessoal, é preciso ter habilidade de interagir com os demais membros da equipe e saber ouvir posições contrárias. É preciso ter espírito de cooperação, ter habilidade no relacionamento com seus pares, superiores e subordinados (se houver). Também ter a capacidade de aceitar a diversidade que existe dentro da Organização.

Outras habilidades que têm valor no mundo globalizado são flexibilidade, participação, criatividade e iniciativa. O profissional precisa ter facilidade para utilizar novos métodos, procedimentos e ferramentas, reagir bem às mudanças adaptando-se rapidamente às novas rotinas em seu trabalho. Precisa também demonstrar interesse, entusiasmo e determinação na execução de suas atividades. Ser pró-ativo, contribuir com idéias e sugestões; não levar somente problemas para seus líderes.

Para ser competente é preciso, também, ter atitude, é preciso agir. As Organizações esperam que seus profissionais ajam com disciplina. O profissional estrela segue programações, observa as determinações de superiores hierárquicos, não recusa tarefas e aceita as normas e regras da organização.

Ele também é pontual e assíduo. Pontual no início das atividades do dia e após os intervalos. Chega no horário combinado para reuniões e treinamentos. Entrega suas tarefas no tempo previsto. Além disso, está presente nos dias e horários combinados. Não sai para resolver problemas particulares em horários que a empresa necessita de seu trabalho. Sabem que suas atividades são importantes e que se faltar com suas obrigações pode prejudicar seus colegas, sobrecarregando-os.

Outra atitude que é muito valorizada é a ética. E isso nada mais é do que agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. Ser ético é também agir de acordo com os valores morais de uma determinada sociedade em itens como: integridade, sigilo, discrição, respeito, cortesia, discernimento entre questões profissionais e pessoais. Profissionais éticos assumem seus erros, respeitam seus colegas e seus superiores. Também não dão prejuízo para a empresa, valorizam seu horário de trabalho como sendo um tempo que a empresa está pagando por ele e, portanto, deve ser usado para assuntos profissionais.

Além do CHA, as organizações esperam que o profissional tenha produtividade e que se concentre nos resultados assumindo compromissos com as metas. Que tenha habilidade em administrar prazos e solicitações apresentando resultados satisfatórios mesmo diante de demandas excessivas. Claro que isso inclui ter capacidade de trabalhar sob pressão, para conseguir obter a produtividade necessária.

Por último, e não menos importante, o profissional estrela trabalha com qualidade. Faz bem feito, realiza suas atividades de forma completa, precisa e criteriosa atendendo aos padrões de qualidade esperados.

Há diversas outras habilidades e atitudes que os bons profissionais podem desenvolver. Algumas funções, inclusive, exigem outras. Entre elas podemos citar a habilidade de liderar, a capacidade de concentrar-se, ser assertivo, ter empatia e agir com objetividade. As que listei nesse artigo são aquelas que eu considero comuns a muitas profissões e em diversas funções.

Ser um profissional estrela não é fácil, por isso eles são poucos. O ideal é buscar o auto-conhecimento e saber o que você precisa trabalhar em suas características, fortalecer seus pontos fortes e minimizar os fracos. É importante lembrar que o profissional que reúne as características acima vale ouro no mercado de trabalho.

Escrito por Sonia Jordão