terça-feira, 4 de março de 2014

Democratas que apoiam ditaduras

A imagem ao lado é o resultado de uma pesquisa feita na Venezuela à respeito da saída de Nicolás Maduro do poder na Venezuela feita pela International Consulting e pela Hinterlaces.

Aqui no Brasil, forças reacionárias de direita têm defendido a queda de Maduro, assim como desejam a queda da presidenta. 

Qualquer semelhança não é mera coincidência. Na Venezuela existe a possibilidade da queda do presidente mediante plebiscito chamado "referendo revocatório" mas, em contrapartida a possibilidade de reeleição é indefinida. No Brasil, existe apenas a possibilidade de uma reeleição para cargos do executivo. Tanto na Venezuela como no Brasil, a falta de atrativos pelo discurso dos opositores do governo não garantem a alternância do poder às oposições, já que só beneficiariam uma pequena parcela da população que teria a possibilidade de usufruir das migalhas distribuídas pelos grandes investidores da elite privilegiada e pelas grandes corporações, na maioria, estrangeiras - os reais interessados na derrubada do governo - deixando a grande maioria da população à mercê da exploração econômica.

Diante da impossibilidade da eleição dos que defendem um regime de direita com viés neoliberal, a minoria, através dos meios de comunicação sustentados por esta elite econômica, fabricam "crises", alegando ser representantes da opinião pública quando, de fato, fazem parte dos verdadeiros interessados, os que pretendem manter os escravos nas senzalas e a casa grande soberana.

Tanto na Venezuela como no Brasil, os governos são acusados de anti-democráticos embora sejam eleitos pela maioria da sociedade. Mas a elite quer um regime baseado na meritocracia onde a casa grande manda e os escravos obedecem. Mas o que fazer se a maioria da sociedade não obedece à casa grande? Tanto lá como aqui tentam um golpe de estado apelando para países que têm interesses financeiros na exploração das riquezas nacionais. Assim, estes "democratas" defensores de uma meritocracia baseada no poder econômico, defendem uma ditadura em nome da democracia da minoria.

Vamos deixar isto acontecer lá e aqui?