quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Pintura de Leonardo da Vinci escondida dentro da parede







Se, como Maurizio Seracini, você acredita que a maior das pinturas de Leonardo da Vinci está escondida no interior de uma parede na sede da prefeitura de Florença, há duas técnicas essenciais para encontrá-la e, como de hábito, Leonardo mesmo antecipou as duas.

A primeira envolve o recurso a equipamento científico. Depois de encontrar o que parecia ser uma pista quanto ao trabalho de Da Vinci deixada por outro artista do século XVI, Seracini liderou uma equipe internacional de cientistas em um projeto que resultou no mapeamento de cada milímetro da parede e da sala que ela delimita com o uso de lasers, radar, luz ultravioleta e câmeras infravermelhas. Assim que conseguiram identificar o possível esconderijo, os pesquisadores desenvolveram aparelhos com os quais será possível detectar a pintura por meio do disparo de feixes de nêutrons contra a parede.

“Da Vinci adoraria ver o quanto a ciência está sendo utilizada, na procura por sua mais célebre obra-prima”, disse Seracini, enquanto contemplava a parede em cujo interior ele espera encontrar a pintura, e recuperá-la intacta. “Consigo perfeitamente imaginar o fascínio que ele sentiria por todos os aparelhos de alta tecnologia que viremos a utilizar para esse processo”.

Seracini estava no grande salão cerimonial do Palazzo Vecchi, a chamada Câmara dos 500, que na era do Renascimento ocupava posição política central na vida de Florença e por isso terminou sendo decorada com murais de vitórias militares florentinas, pintadas por Da Vinci e Michelangelo, sob encomenda dos líderes da cidade. Era julho de 2009 e a sala continua a ser um centro de poder político, como se podia perceber com a entrada repentina de Matteo Renzi, o novo prefeito de Florença, que percorria rapidamente o caminho entre sua sala e o carro que o esperava na saída do edifício.

The New York Times
Veja reportagem completa no portal Terra.

Invasão e posse – é preciso investigação


Foi amplamente noticiada a invasão da fazenda Capim pelo MST, que derrubou pés de laranja da empresa Cutrale, que ocupa a área com cultura de laranjas. Um ato de vandalismo que não se justifica, já que significa a apropriação de cultura efetuada por terceiros e que provoca indignação do povo brasileiro que desaprova tais ações.

O MST alega que tais terras são fruto de grilagem. A fazenda Capim fica na região de Iaras em São Paulo. Esta região faz parte doNúcleo Colonial Monções, composto de várias fazendas. A União dividiu o Núcleo Colonial em lotes rurais e projetou um centro administrativo no qual existiriam, ainda, lotes urbanos. Durante algumas décadas, até aproximadamente 1960, a União titulou várias propriedades. Porém, em determinado momento, deixou de fazê-lo e os ocupantes da terra continuaram a deter apenas a sua posse sem perspectiva de obter o seu domínio.

O centro administrativo do referido Núcleo Colonial perdeu sua vocação agrícola e passou a ter destinação urbana, recebendo o nome de Iaras e tornando-se Distrito do Município de Águas de Santa Bárbara, sendo que, recentemente, Iaras foi emancipada politicamente e tornou-se município. Assim, parte das terras remanescentes do Núcleo Colonial Monções tornou-se urbana.

Porém, a grande maioria das terras continuaram a ter vocação agrícola e atualmente estão na posse de particulares, entre eles a Cutrale, poderosa empresa que se dedica ao cultivo e processamento de laranjas, acusada pelo MST de grilagem.

A Lei n.º 8.629 de 25 de fevereiro de 1993, estabelece em seu art. 13:

“Art. 13 – As terras rurais de domínio da União, dos Estados e dos Municípios ficam destinadas, preferencialmente, à execução de planos de reforma agrária.

Parágrafo único – Excetuando-se as reservas indígenas e os parques, somente se admitirá a existência de imóveis rurais de propriedade pública, com objetivos diversos dos previstos neste artigo, se o poder público os explorar direta ou indiretamente para pesquisa, experimentação, demonstração e fomento de atividades relativas ao desenvolvimento da agricultura, pecuária, preservação ecológica, área de segurança, treinamento militar, educação de todo tipo, readequação social e defesa nacional”.

O que MST pretende, é denunciar a grilagem. Estas terras passaram à posse do Estado de São Paulo e mesmo que tenha sido concedido por São Paulo título de posse da fazenda à Cutrale, tal não poderia ser feito, já que tais propriedades deveriam se destinar à reforma agrária, conforme diz a Lei.
Apesar de tudo isto, acredito que não seriam necessárias ações violentas se fosse feita uma investigação sobre a legalidade destas áreas, dando oportunidade para que o MST se manifeste. O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), conhecido ruralista defensor de grileiros, aumentou as críticas contra o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra). No embalo, ele acusou o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) de ser responsável por ações do MST contra propriedades rurais produtivas. Esta acusação deve-se ao fato da não instalação de CPI para investigar repasses do governo para ONGs ligadas ao MST.Terá sido precipitada a ação do governo impedindo tal CPI ou teria sido preferível amplia-la para que fossem investigadas também as ocupações de terras como é o caso das áreas invadidas produtivas, porém, sob a suspeição de posse ilegal?
Fonte: Folha de São Paulo – Ministério Público Federal

Cuidado com golpes da casa própria


Nem bem o governo federal lançou o ambicioso programa Minha Casa, Minha Vida, já há pessoas mal intencionadas atrás do pouco dinheiro e das esperanças da população carente. Em várias cidades do Brasil, organizações e até ONGS estão cobrando por um cadastro que não vale nada e prometendo que o documento garantirá à família um apartamento financiado em condições especiais e juros mais baixos.

No programa Minha Casa Minha Vida, a inscrição é feita no próprio sitio da Caixa Econômica Federal ou em empresas cadastradas no programa. O financiamento, entretanto, é concedido sempre pela Caixa.
Existe um cadastro sujeito à aprovação (análise de risco de crédito) e as condições são aprovadas pela própria Caixa Econômica Federal. As pessoas com menor renda (3 a 10 salários mínimos) têm preferência. Há inclusive um seguro que refinancia o imóvel caso o financiado fique desempregado.
Muito cuidado com ofertas mirabolantes. Informe-se na CEF para saber da existência do programa e muito cuidado, pois existem muitas empresas dando o “golpe da casa própria” e levando o dinheiro de muitos incautos.

ONU pede fim das barreiras à imigração


PARIS, França — O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou nesta segunda-feira um apelo em favor da imigração que, assim que a recessão acabar, será útil aos países ricos, apesar da oposição da opinião pública.

Em um relatório chamado “Suspender as barreiras: mobilidade e desenvolvimento humanos”, a agência da ONU espera mudar as ideias distorcidas sobre a imigração. “Assim que a recessão acabar, a demanda de mão de obra do emigrante vai voltar a crescer”, escreveu a responsável do relatório, Jeni Klugman.

“A recessão representa justamente uma ocasião para avançar nos debates e nas reformas sobre as políticas de migração”, acrescentou.

“A hora não é de protecionismo antiimigrantes, mas de reformas que promovam vantagens a longo prazo”, continuou, reconhecendo que “convencer a opinião pública de um comprometimento demanda disposição”.

O PNUD tenta demonstrar que os fluxos migratórios beneficiam, muitas vezes, os migrantes, os países de origem e os países receptores.

“O relatório não defende uma liberalização a todo custo porque a população do país de destinação tem o direito de modelar sua sociedade, mas sustenta que será mais judicioso aumentar o acesso aos setores que têm forte demanda de mão de obra, e inclusive para os empregados pouco qualificados”, explicou o Pnud, lembrando o envelhecimento da população de inúmeros países industrializados.

Para combater os clichês da imigração, o relatório destaca que os habitantes dos países pobres são os menos móveis: por exemplo, “menos de 1% dos africanos emigra para a Europa”.

Entre os migrantes internacionais, estimados em 188 milhões em 2010, ou seja, 2,8% da população mundial (74,1 milhões em 1960, ou seja 2,7%), menos de 30% vão de um país em desenvolvimento para um país industrializado.

“Contrariamente o que é geralmente admitido, os migrantes desenvolvem a atividade econômica e dão mais do que recebem”, ressaltaram os autores do relatório.

Para facilitar a imigração, o Pnud previu uma série de reformas.

Ele pede principalmente a “abertura das vias de acesso existentes a mais trabalhadores, principalmente os menos qualificados, garantia do respeito dos direitos humanos fundamentais dos migrantes, principalmente o acesso aos serviços de educação e de saúde assim como direito de voto”.

(AFP)

Progrom – um ato bárbaro provocado pelo sectarismo


Pogrom (do russo погром) é um ataque violento maciço a pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente (casas, negócios, centros religiosos). Historicamente, o termo tem sido usado para denominar atos em massa de violência, espontânea ou premeditada, contra judeus e outras minorias étnicas da Europa. (Wikipédia)
Em abril de 1903, turbas enfurecidas assassinaram brutalmente 45 judeus e feriram outros 700, destruindo centenas de casas e lojas.
Mulheres e crianças foram vítimas das mais horrendas violências. O nome Kishinev ficou desde então associado a uma indizível selvageria e esse primeiro pogrom do séc. XX mudou o curso da história dos judeus – pois a retomada da violência anti-judaica na Rússia czarista levou milhares deles a emigrar para a Terra de Israel e para os Estados Unidos.
Em fevereiro de 1903 foi encontrado morto, em Kishinev, um menino cristão, Michael Ribalenko. Embora fosse evidente que o menino havia sido morto por um parente – como foi mais tarde provado – espalhou-se na cidade o boato de que fora assassinado pelos judeus. Segundo algumas fontes, o chefe da polícia local teria sido o autor do boato. De qualquer modo, teve importante participação no desenrolar dos acontecimentos. Na véspera da Páscoa de 1903, turbas enfurecidas assaltaram Kishinev. Os judeus tentaram inutilmente apelar às autoridades locais. Sabiam que estas poderiam conter imediatamente a violência pois havia 5 mil soldados estacionados na cidade. Mas o vice-governador se recusou a intervir, afirmando que só poderia tomar qualquer medida se recebesse ordens diretas do Ministro do Interior. Acredita-se que o próprio vice-governador fosse um dos incentivadores do pogrom e que o ministro do Interior lhe dera ordens de não parar a violência. Quando “as instruções” finalmente chegaram e as tropas foram enviadas às ruas, sua presença bastou para acabar com os desmandos. O pogrom durou três dias, deixando em seu rastro conseqüências estarrecedoras: 45 judeus morreram e 700 ficaram feridos, 92 dos quais em estado grave. Mulheres e crianças sofreram violências brutas. De acordo com os dados oficiais, mais de 800 casas foram pilhadas e destruídas, 2.000 famílias ficaram sem teto e 600 lojas foram saqueadas. Embora pareça que a reação dos judeus foi de total passividade, sabe-se que houve tentativas de auto-defesa. Todas, porém, fracassaram. As autoridades, ao invés de parar a violência, desarmaram os poucos judeus que resistiam.
Este situação foi o coroamento da política sectária dos russos, a exemplo dos espanhóis e portugueses.No final do séc. XIX e início do séc. XX, em todo o território russo o anti-semitismo era uma política oficialmente sancionada pelo governo, algo que não acontecia na Europa central e ocidental e muito menos nos Estados Unidos.
Nesse período o anti-semitismo russo assumiu inúmeras formas, desde a organização de pogroms até a falsificação e a publicação dos famigerados “Protocolos dos Sábios de Sião”. A violência era abertamente instigada pelo governo, que passou a manipular abertamente o sentimento anti-judaico das massas russas com dois objetivos. O primeiro era tentar reduzir a população judaica da forma a mais rápida e drástica possível. O segundo, canalizar a insatisfação popular, especialmente entre os camponeses, alimentando o seu ódio contra os judeus para, assim, controlar uma onda revolucionária muito mais abrangente, que acabaria, em 1917, por destruir o regime czarista. É interessante notar que o termo pogrom, usado praticamente em todas as línguas para definir os ataques a judeus ou a suas propriedades, é uma palavra russa que significa “tempestade“ ou “destruição“.
O mais triste é que quem insuflava a população contra os judeus era o próprio governo russo. Um claro exemplo da política oficial referente aos judeus do Império Russo foram os pogroms de 1881-1882. A onda de violência teve início seis semanas após a morte do czar Alexandre II, por ocasião da Páscoa, no sul da Ucrânia. Os pogroms duraram dois anos, espalhando terror e derramamento de sangue por cerca 150 localidades. Enquanto matavam os judeus e suas propriedades eram saqueadas e destruídas, a polícia e o exército eram mantidos afastados, por vários dias, antes de receber ordens para intervir. Estas ações provocaram fuga em massa de judeus do território russo e calcula-se que entre 1881 e 1918, cerca de 1 milhão e 300 mil judeus deixaram o Império Russo. A fuga se deu, principalmente para as américas, onde a tolerância religiosa era maior, destacando-se os Estados Unidos mas com incidência também para países da américa latina, inclusive para o Brasil.
Estas barbaridades na Rússia perduraram por todo o czarismo. Em outubro de 1917 houve a revolução russa que derrubou este regime. Mas isto não significou que os judeus pararam de ser perseguidos. A perseguição continuou.
Este é um exemplo extremo da deturpação dos ensinamentos de Cristo, que nada tem haver com violência ou proselitismo. Esta atitude hoje continua sendo possível dada a crença de que a minha religião é a unica que pode salvar e quem não a professar queimará no fogo do inferno pelo resto da eternidade. Este sentimento, quando exacerbado e levado às últimas conseqüências pode ser o estopim de ações violentas pela falta de consideração pela pessoa simplesmente por ela não professar a mesma fé que eu professo.
Os líderes religiosos devem tomar muito cuidado, pois a tolerância não é a negação da fé nem da religião. É um sentimento cristão de amor e de respeito ao próximo.
Fonte: Morasha

Vira-latas tentam atrapalhar a festa do Rio-2016



Estava eu fora do alcance da internet – gravando uma reportagem nas proximidades de Iguape, no litoral sul de São Paulo – quando o Rio foi anunciado vencedor. Comemorei, em mensagens enviadas por celular à minha mulher – que é carioca.

Quando cheguei a São Paulo, na noite desta sexta, também comemorei com meu filho Vicente, outro nascido no Rio de Janeiro.

Dois brasileiros que ajudam o país a superar o complexo de vira-lata

Em qualquer lugar do planeta seria mesmo motivo para comemorar. Mas, no Brasil, aparecem nessas horas os corvos agourentos: e a a corrupção? e as favelas? e a violência?

Mas que diabos! Parece-me tão óbvio que Olimpíadas não são (nem nunca serão) o remédio para nossos problemas seculares, parece-me isso tão óbvio (repito!) que sinto até vergonha de precisar argumentar diante de certas coisas que comecei a ouvir e a ler, assim que botei os pés de novo em São Paulo, nesta histórica sexta-feira.

Aos poucos, fui-me lembrando das diferenças entre Rio e São Paulo. Paulistano que sou, posso dizer sem medo de errar: parte das pessoas que vivem aqui na minha terra não gosta muito do Brasil. A verdade é essa.

Era esse o tom dos comentários que ouvi no rádio do carro, a caminho de casa. O locutor ia lendo os e-mails dos ouvintes, que criticavam a escolha do Rio: eram comentários mal-humorados, ranhetas, complexados.

No futebol, o brasileiro superou esse complexo de vira-lata. Nelson Rodrigues foi quem cunhou a expressão. Foi ele também quem mostrou como Pelé, com sua pose de rei, indicava a seus colegas em campo: somos fortes, somos bons, falta só acreditar em nós mesmos.

Lá pelas décadas de 50/60, com Pelé, superamos o complexo. Mas só no futebol. A síndrome do vira-lata infeliz continuou a nos abater em outras áreas..

Os mais pobres, em anos recentes, parecem ter vencido o complexo. Até porque não têm muita escolha. São brasileiros até o último fio de cabelo. Para o bem e para o mal. Melhor brigar e trabalhar pra fazer dese país uma terra um pouco melhor.

A vitória e a reeleição de Lula são a prova de que parte dos brasileiros, especialmente os de origem mais humilde, superou o complexo. É uma parcela de brasileiros que foi capaz de eleger um homem monoglota, sem estudo, e além de tudo sem um dedo (ah, como essa marca do trabalho braçal incomoda nossas elites) para liderar o país.

Em contrapartida, a escolha – por duas vezes – de um presidente com esse perfil parece ter acirrado ainda mais o complexo de vira-lata, entre certos setores de nossa classe média. É uma parte dos brasileiros (e como são numerosos em São Paulo) que não gostam de ser brasileiros. Gostam de ser netos de italianos, bisnetos de alemães, trinetos de poloneses, tataranetos de espanhóis.

Eles se envergonham do Lula que discursa em “português” na cerimônia do comitê olímpico (ouvi um sujeito falando disso hoje na rua). Queriam que discursasse em javanês?

Eles se envergonham do Lula que chora. Preferiam, talvez, o tom afetado daquele outro presidente, que adorava fazer piadas sem graça, e preferia discursar em francês ou inglês (tremendo complexo de vira-lata) para agradar os gringos…

Com Lula, o Brasil deixou de se ver como colônia.

Os problemas do Brasil – com ou sem Olimpíadas – são enormes. Cabe a nós resolvê-los. Podemos tentar fazer as duas coisas ao mesmo tempo: cuidar de nossos problemas, e organizar as Olimpíadas. Isso parece uma obviedade sem tamanho!

Ou alguém acha – por exemplo – que um sujeito, só porque ainda está pagando as prestações da casa, não pode fazer uma bela festa de fim-de-ano para os vizinhos e os amigos?

A escolha do Rio é reconhecimento da grandeza do Brasil. Não deve nos fazer ufanistas. Mas a verdade é que merecemos comemorar. Sem dar bola para os corvos agourentos. Eles que curem seus complexos viajando para Miami nas férias. E deixem o Brasil trabalhar para fazer uma bela Olimpíada em 2016.

Parabéns ao Rio. Viva o Brasil.

Omissão ou má intenção?




¿Fue la corrupción, la Constituyente o intentos de cambios sociales lo que llevó al golpe? Lo sacamos a Zelaya por su izquierdismo y corrupción. El fue presidente, como liberal, como yo. Pero se hizo amigo de Daniel Ortega, Chávez, Correa, Evo Morales. Perdón… Se fue a la izquierda, puso toda gente comunista, nos preocupó.

O trecho acima pertence a uma entrevista do líder golpista Roberto Micheletti ao jornal argentino El Clarin em 30 de setembro último (clique aqui para ler a íntegra). Toda a mídia brasileira ignorou tal entrevista e segue afirmando que o golpe militar foi motivado pela intenção de promover um plebiscito que reformaria a constituição hondurenha propiciando sua reeleição. Como vemos acima, esta informação é mentirosa. Até antes da entrevista, poderíamos dizer que foi engano ou erro de interpretação. Mas agora é mentira.

Zelaya e sua família, têm um passado de latifundiários. Zelaya foi presidente de uma associação madeireira, diretor de banco e funcionário do Fundo de Investimentos de Honduras, com contatos com a cúpula do empresariado hondurenho. Obteve apoio político dos empresários e da oligarquia reinante em seu país.

É importante que se diga que o poder, em Honduras, se divide entre o Partido Liberal, pelo qual Zelaya foi eleito em 2005 e o Partido Nacional. Os dois partidos são semelhantes e dominados pela oligarquia há muito tempo. Honduras sempre foi conhecida pelo apoio incondicional aos Estados Unidos conhecido como o “porta-aviões dos yankees”, uma alusão ao apoio incondicional que o país deu às guerras sujas empreendidas pelo irmão forte do norte contra os irmãos raquíticos de cima e debaixo do Equador: a deposição de Jacobo Arbenz, na Guatemala, em 1954; bloqueio de Cuba, 1962; deposição de João Goulart, no Brasil, 1964; derrubada e morte de Salvador Allende, no Chile, 1973; invasão de Granada, 1983; invasão do Panamá, 1989; guerra dos “Contras”, na Nicarágua, 1983-1990; e outros conflitos que redundaram nas ditaduras militares latino-americanas nos anos 80.

Uma vez no poder, Zelaya iniciou uma política voltada para as causas sociais. Procurou diversas vezes Hugo Chaves, já que em seu próprio país não conseguiria apoio para as reformas que pretendia fazer. De tanto insistir, um dia conheceu Chaves e com ele fez amizade que lhe rendeu a entrada de Honduras na Alba – Alternativa Bolivariana para a América. Com isto, conseguiu a doação de 100 tratores para apoiar a produção campesina e aumentar a produtividade no campo; a ampliação das brigadas médicas cubanas e educativas para declarar, nos próximos 14 meses, que Honduras é livre de analfabetismo. Finalmente, o país se beneficiaria dos programas de independência energética e de programas de comunicação com potencialização do canal de televisão nacional hondurenho (canal oito) com programas educativos e culturais. Importante afirmar que tal apoio jamais seria conseguido com os Estados Unidos.

Este foi o seu crime: dedicar-se às causas sociais. Em Honduras isto é considerado crime. A chamada grande imprensa brasileira combate tais ações voltadas para a sociedade e por isso mesmo omite tais fatos, já que elas mesmas pertencem à oligarquia e aspiram, para a sua classe social, a tomada do poder, divulgando apenas os fatos que lhe convém tentando nos ludibriar.

Fiquem atentos e defendamos a todo o custo a democracia e as causas sociais impedindo a retomada do poder pela oligarquia que só visa o lucro fácil, desprezando nosso bom senso, e nossa sociedade, tentando apoderar-se das nossas riquezas para vendê-las por um preço muito baixo diante das necessidades de nosso povo.

O atual governo tem feito muitas concessões à oligarquia mas avançou um pouco. Devemos apoiar Zelaya na sua volta ao poder, para evitar novas tentativas na américa latina de golpes contra o povo e a democracia, mas temos que avançar nas nossas próprias conquistas elegendo democraticamente governantes alinhados com causas sociais para fazer do Brasil um grande país.

Fontes: El Clarín e Blog Café na Política de FC Leite Filho

Carta de um eufórico brasileiro


Carta recebida de um eufórico colega brasileiro dirigida a todos os colegas de empresa que agora passa a ser dirigida a todo o Brasil.

Bem Amigos da ——!!!! rs……

O país está vivendo um momento de intensa euforia que deve ser destacada. Foi escolhido, agora a pouco, para sediar as olimpíadas de 2016 na cidade maravilhosa, coisa que se quer sonhávamos um dia conseguir. E olha que já somos a sede da copa do mundo de futebol em 2014.

Tem uma imensa reserva de energia descoberta a pouco tempo (o petróleo, apesar de achar uma energia altamente poluente e com certeza o futuro a dispensará) que irá gerar boas divisas ao país e vai proporcionar investimentos nas áreas mais necessitadas desta nação (rs… não tirei isso de nenhum discurso político, garanto).

Está saindo de uma crise econômica mundial sem muitas perdas, superando com pequenos arranhões, mas com uma certeza de que somos um povo briguento, lutador e que não larga o osso nunca, que portanto seja marolinha ou tsunami estamos sempre prontos a enfrentar com o nosso jeitinho (prefiro chamar de criatividade) e a grande característica de já ter sofrido coisas piores. Estamos sim, preparados para não perder, e… se perdermos, correremos sempre para recuperar o prejú…

Sim, precisamos melhorar muito, sim… Temos uma educação mal educada que não está ainda ciente do papel edificador de um povo. Temos uma saúde que está na UTI e que portanto inspira cuidados intensivos. Temos desigualdade de renda social histórica, que creio sim, um dia estará nivelada, pois a história falando por si só já é um rolo compressor que mais cedo ou mais tarde acabará tornando esse degrau uma coisa do passado, claro que sem antes termos uns cabeças pensantes aqui, outros insatisfeitos acolá que correm atrás e se especializam estudando e vencendo barreiras, e alguns articuladores sinceros e engajados se manifestando e atuando para que as coisa se “ajeitem” .

Temos uns políticos….rs… que fazem na vida pública o que estão acostumados a realizar diariamente na privada…rs… Mas esses são como velhas múmias ou tecido de roupa velha, que serão sempre renovados, trocados, substituídos por sangue novo (alguns sangues novos se revelam novas sanguessugas…rs…) que oxalá serão mais conscientes e pelo menos um pouco mais inteligentes ao ponto de sacarem que corrupção é como mentira, tem perna curta, e que ganharão mais trazendo melhorias (sonho meu…..).

Enfim… temos muito dever de casa pra fazer. Mas a tarefa não é das mais difíceis, é sem dúvida alguma compensadora, que nos elevará ao melhor posto que um país alcança… Não o de uma potência mundial , pois isso é imperialismo, e impérios foram feitos para serem derrubados, mas sim o de uma população feliz!!!!

Se estou feliz? Claro que estou….

Estou feliz porque amo muito esporte, qualquer tipo de esporte, acredito que grandes coisas acabarão acontecendo, acredito no trabalho bem feito e responsável (qualquer que seja ele – seja o servir café, limpar o recinto ou gerenciar, planejar, desenvolver atividades e produtos).

Mas estou ainda mais feliz porque sou BRASILEIRO e tenho certeza que todos estaremos daqui a algum tempo mais completos, mais conscientes e… claro… conseqüentemente mais Felizes!!!!!

Grande abraço desse humilde colega, que ganhou boas inspirações e resolveu lançar aos quatro ventos e a quem queira compartilhar o otimismo e a felicidade de espírito brasileiro.

Milton Ramos