No dia 14 de julho foi cancelada a votação do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inqérito por falta de quorum. Não há desvio de dinheiro público para a ocupação de terra no Brasil. Foi o que concluiu o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investigou a ligação entre entidades da reforma agrária e ministérios do governo. No total, foram realizadas treze audiências públicas ao longo de oito meses. A CPMI também investigou as contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária.
O DEM e a oposição querem a prorrogação mas Jilmar Tatto, relator da CPMI acredita que não haverá prorrogação da CPMI e que o colegiado deve encerrar seus trabalhos sem votar qualquer relatório. Ele classificou de "desnecessária" a comissão. "A oposição criou esta CPMI somente para fazer disputa política e eleitoral, e não para investigar qualquer irregularidade", argumentou.
Em oito meses, foram convocadas 13 audiências públicas. As contas de dezenas de cooperativas de agricultores e associações de apoio à reforma agrária foram exaustivamente vasculhadas. Nada foi apurado.
O que os denunciantes buscavam era reaquecer a velha política de criminalizar os movimentos sociais brasileiros. Esse tipo de terrorismo tupiniquim a história de nosso país conhece bem: Monteiro Lobato foi preso por propagar que havia petróleo no Brasil (o que prejudicou os interesses norte-americanos); foram chamados de comunistas os que defendiam a criação da Petrobras; e, de terroristas, os que lutavam contra a ditadura e pela redemocratização do país.