sábado, 19 de abril de 2014

Por que não sou vegano

Outro dia eu ouvi de uma amiga "vegana" crítica sobre o costume de comemorar a páscoa abstendo-se de carne e alimentando-se de peixe. Ela argumentou sobre o sofrimento de um outro ser vivo morto de forma covarde e cruel pelo pescador.

Se estivéssemos falando sobre tradição, concordaria com ela se mantivermos a tradição do Pessach. Mas este não era seu argumento. Ela estava se compadecendo dos animais, poupando-os da morte.

Mas e os vegetais? Estes podem ser cruelmente assassinados? A resposta foi que os vegetais não têm sentimentos e por isso podem ser consumidos.

A resposta de que vegetais, as plantas, são desprovidos de sentimentos carece de fundamento, pois os vegetais têm dado provas de que são seres muito semelhantes (e superiores) aos animais. Dados comprovam a evolução e reações surpreendentes das plantas que reagem sim às agressões. Mais que isto, as plantas vivem em um mundo próprio agredindo e defendendo-se de agressões. Mais ainda, são capazes de comunicarem-se entre si. A agressão a uma planta em um grupo de plantas provocará uma reação de defesa de todo o grupo.

Como vemos, as plantas são seres vivos incompreendidos até há pouco pelos animais. Principalmente pelos de nossa espécie, que se julga a tal, o centro do universo quando, na realidade, esta é uma visão egoísta e preconceituosa, já que nada conhecemos do Universo e seus mistérios. Somos tão inferiores que não somos capazes de sobreviver sem prejudicar outros seres. Ha! Mas eu não como nada de origem animal, diria o vegano julgando-se superior. Mas não se envergonha nem um pouco de assassinar uma alface ainda tenra, no início de sua existência (coitadinha).

As plantas são superiores aos animais, que nada mais são do fruto de sua criação. Somos o que somos graças aos vegetais que, processando o gaz carbônico, criaram durante milênios de existência, o invólucro de oxigênio que nos sustenta. Vivemos às custas da respiração das plantas que nos moldaram a partir de sua evolução, criando peixes, batráquios, répteis, aves e os demais animais, cuja última criação foram os seres humanos.

O Sol e a Água, o Ar e a Terra são os responsáveis pela vida e por isso adorados como um Deus  pelos humanos desde muitos milênios atrás. As plantas as criações mais puras dos elementos. As plantas, na maioria das espécies, não agridem. Sua alimentação é constituída da luz solar  além do gás carbônico, de água e minérios. Algumas das plantas entretanto, utilizam o alimento de outras plantas para sobreviver ou, pela total pobreza do solo, são capazes de se alimentar de seres vivos mas são minoria.

Nós, os animais, sobrevivemos às custas e por causa de outros seres vivos demonstrando nossa dependência e fragilidade. O fato de nos alimentarmos de plantas não é capaz de nos tornar superiores. Pelo contrário: é apenas uma tentativa de alguns seres humanos mostrarem ser melhores do que outros seres humanos, deixando patente a pequenez de nossa existência, tão preconceituosa e triste.

E como resolver isto? Não tem como. Um dia retornarei ao Todo e voltarei a fazer parte do Universo. Para isto terei que suportar e compreender como é pequena e mesquinha nossa existência animal.

Por isso não sou vegetariano: não é possível alterar a minha natureza. Não comer animal não me fará melhor, pois sempre haverá o sacrifício de outros seres vivos para nos manter vivo. O vegano não é melhor que eu e por isso não sou vegano.

Não tenho nada contra os que são: se isto te faz sentir-se melhor, siga em frente mas não tente mudar minhas convicções!

Assista a vídeo sobre o Reino dos Vegetais

sábado, 12 de abril de 2014

Jornalismo de futricas

O Jornal Nacional, da Globo, deu destaque: "avião brasileiro abatido pela Venezuela". A única informação adicional foi que o transpônder estava desligado.

Vamos nos aprofundar neste caso em particular, na medida do possível, pois algumas informações não estão ainda acessíveis:
- Quem comunicou o fato à Força Aérea do Brasil foi a própria Força Aérea Venezuelana.
- As duas forças militares investigam o fato em conjunto.
- O avião partiu do Pará, no Brasil, sem plano de voo aprovado pelas autoridades brasileiras.
- O avião estava com o sistema de comunicação desligado e, portanto, não atendeu a comunicação e as determinações das autoridades venezuelanas.
- Ao que tudo indica, o voo clandestino praticava atividades ilícitas e, nestas condições, na impossibilidade de interceptação, o avião foi abatido pela Venezuela como teria acontecido no Brasil nas mesmas condições.
- São desconhecidos, por enquanto, os ocupantes e o motivo do voo clandestino, investigados em conjunto pelas autoridades venezuelanas e brasileiras.

Qual a intenção de uma notícia sem as informações necessárias para que se tirem as conclusões sobre o fato? E a resposta é óbvia: intrigar, junto à população do Brasil, a Venezuela e, de quebra, acusar as autoridades brasileiras de falta de reação à uma ação hostil da Venezuela. Duvido que seja noticiada a conclusão das investigações que, certamente, será a de que um avião envolvido em atividades criminosas foi abatido pela Venezuela.

É através de fatos como este que vemos como atua os meios de comunicação no Brasil. As atividades políticas transcendem as atividades jornalísticas sem preocupação com o fato ou com a verdade. Apenas intrigas e fofocas, traduzindo a falta de caráter de nossos meios de comunicação que seguem, financiados pelo próprio governo, fazendo o anti-jornalismo com futricas, atuando na demolição da honra e do caráter de alguns "adversários políticos".

Não seria hora de pelo menos democratizar as comunicações no Brasil? Este meu comentário será lido apenas por meia dúzia de curiosos enquanto o Jornal Nacional atinge milhões de pessoas.

Com informações do portal UOL