sexta-feira, 22 de abril de 2011

O império que traz o progresso e liberdade

Estacionado fora da cidade estão as legiões romanas. Haverá a invasão. Compensa a reação?

Os habitantes da cidade, se houver reação, correrá riscos. A derrota é inexorável. Valerá a pena lutar?  Os romanos apresentam muitos nobres motivos para a invasão. Defesa dos princípios civilizados e libertação do povo oprimido.

O povo, uma vez conquistado, terá a obrigação de pagar pesados impostos. Entretanto o progresso virá. Passarão a receber cultura. Novas tecnologias serão introduzidas. Um novo estilo de vida, com possibilidade de que muitos de seus habitantes integrem o exército romano podendo até mesmo ganhar o "green card", ou melhor, a cidadania romana.

Para a população em geral, não era assim tão ruim, perderiam apenas a identidade nacional, mas para os nobres da cidade era o caos, pois perderiam suas posses e poder.

Terminada a batalha, todos os bens eram espoliados. Carroças carregadas de objetos de valor eram levados. De acordo com a reação, a mortandade variava. Alguns habitantes eram levados junto com os bens como escravos. Os bens que eram levados seriam divididos com as províncias aliadas e fiéis a Roma.

De qualquer forma, o povo agora teria regalias por partilhar a cultura e o modo de viver dos romanos.

Os séculos se passaram. Em 2003, segundo revelou o WikiLeaks, Estados Unidos e Reino Unido, um ano antes da invasão do Iraque faziam planos para a espoliação do país em nome de objetivos "nobres".

Conforme notícia publicada no jornal inglês The Independent, os documentos vazados pelo WikiLeaks revelam que "os planos para exportar as reservas de petróleo do Iraque foram discutidos por ministros do governo britânio e as principais petroleiras internacionais um ano antes da Grã-Bretanha aceitar, junto com os Estados Unidos, invadir o solo iraquiano".

O que mudou? As armas utilizadas. Agora o povo iraquiano, se se comportar bem, terá acesso à cultura e costumes civilizados do império. Quem sabe até mesmo obter um "green card" ou a cidadania de Roma - ops! - americana, é claro...

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