domingo, 16 de agosto de 2009

Moisés, o Egito e o princípio de tudo


Existe dúvida sobre a própria existência de Moisés ou do êxodo, já que os relatos egípcios não citam tal fato, que também não foram comprovados arqueologicamente de forma incontestável. Mas, independente de sua existência o Torah existe e existem as religiões cristãs e muçulmana. Seu próprio nome é um mistério, pois pode ter origem teofórica egípcia quando junta Més, que na forma grega é Mósis e significa filho de Deus, assim como Ramsés significa o filho do Deus Rá.

Estudiosos da História acreditam que o período que Moisés passou entre os egípcios serviu para que ele aprendesse o conceito do "Monoteísmo", criado pelo faraó Akhenaton, o faraó revolucionário, levando tal conceito ao povo judeu. Moisés nasceu no governo do Faraó Ramsés I no período entre 1250 a.C. e 1210 a.C., que foi sucessor de Akhenaton, que instituiu no Egito o monoteísmo, proclamando a supremacia de um só Deus, Amon-Rá. Os sacerdotes dos demais deuses se revoltaram contra Akhenaton e Ramsés, originalmente chamado Paramessu, que não era nobre mas um militar que tomou o poder pelas mãos dos sacerdotes revoltados com Akhenaton.

E no convívio com os faraós ou com sacerdotes que Moisés conheceu Amon-Rá (o sol) representado como homem com barba postiça, de pele negra ou lápis-azúli (alusão ao culto de Amon como deus celeste), com a cabeça era encimada por um disco solar, uraeus, e duas plumas. Cada uma dessas plumas encontrava-se dividida verticalmente em duas secções, que reflectiam a visão egípcia dualista (rio Nilo/deserto; Vida/Morte...) e horizontalmente em sete segmentos. Na parte posterior da coroa podia levar uma fita vermelha. Na mão direita segurava um ankh e na esquerda o ceptro uas. Em algumas representações Amon surge com um falo, resultado de sua associação com o deus Min. Amon era também considerado o rei dos deuses. Muitas vezes era associado ao deus Rá (ou Ré), formando assim o deus Amon-Rá, o deus que traz o sol e a vida ao Egito. Era representado na forma de um homem em túnicas reais com duas plumas no cabelo.

Moisés conduziu o povo de Israel na peregrinação pelo deserto. Viveu no reinado de Ramsés II que sucedeu ao pai em sucedeu ao pai em 1279 ou 1278 e, através do estudo da religião egípcia, reservada somente aos reis mas à qual teve acesso por estar na corte, escreveu o Torah com base nos relatos ouvidos, que conta a história da humanidade fundamentado nas lendas e relatos que conheceu por tradição oral e compilou as Leis que orientaram os judeus. Tudo aprendido no convívio com os faraós.

Vejam que, baseados na religião egípcia falamos de três grandes religiões que norteiam a maior parte da humanidade: judeus, cristãos e mulçumanos. Assim podemos não ter a certeza da existência de Moisés, mas temos a certeza de que o Torah existe e é o livro sagrado dos Judeus e faz parte dos livros sagrados Bíblia dos cristãos e Alcorão dos mulçumanos. Os ensinamentos escritos há tanto tempo atrás nortearam a sociedade e os costumes de grande parte da humanidade e por isso é real.

Moisés não se tornou Deus, mas nos ensinou que existe um só Deus, que para grande parte dos seguidores do Torah e seus sucedâneos Bíblia e Alcorão, não pode ser representado de forma física. Entretanto os cristãos, que influenciados pelos Romanos, que escreveram a Bíblia, resolveram dar representação física a Deus, criando, como nas culturas antigas, deuses menores: os santos e anjos da igreja católica romana que têm uma função divina ou semi-divina.

Por isso devemos reverenciar (não endeusar) Moisés, que independente de sua existência, formou o pensamento do homem moderno.

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