quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A Alston, a imprensa e o governo de São Paulo


Em 08 de agosto publiquei nesta página, denúncia sobre o caso Alston. Na edição de hoje é publicado pela Folha de São Paulo, a confirmação de que a Alstom pagou cerca de R$ 2,4 milhões a uma empresa-fantasma chamada Mutual Finance Investments & Participações, criada com os números de documentos de duas donas de casa que moram em palafitas na periferia de Manaus (AM).
Na lacônica nota, na qual toma o cuidado de não mencionar nenhum membro do governo do Estado de São Paulo, prossegue a reportagem:
A Polícia Civil de São Paulo acredita que o dinheiro foi usado para comprar dólares, que teriam sido usados para pagar propina a políticos ou a funcionários públicos. Os depósitos foram feitos em 2003.

A Alstom diz que o dinheiro depositado na conta da Mutual foi a comissão paga a um corretor pela venda de títulos da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Segundo a assessoria da empresa, na época ela enfrentava dificuldades financeiras e havia risco de não conseguir honrar a folha de pagamentos, e por isso aceitou pagar uma comissão não usual.

Em São Paulo, contratos da Alstom com a Eletropaulo e o Metrô são investigados pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal. Ela também está é investigada na Suíça e na França sob suspeita de pagar comissões ilegais a políticos.

É impressionante o tratamento da imprensa tendenciosa. Se o fato fosse ligado ao governo federal, o assunto mereceria destaque com título que ligasse o assunto ao partido ao qual pertence o presidente, como sempre foi praxe.

Para este tipo de imprensa, não existe nenhuma vinculação do caso com o governo ou o partido que governa São Paulo.

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