sábado, 29 de agosto de 2009

Juros menor - Crédito maior


A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas suas operações com pessoas físicas teve nova redução em julho, quando registrou 44,9% ao ano. Com o novo corte, a taxa permaneceu no menor valor desde dezembro de 2007, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Banco Central.

Para a compra de veículos, a taxa de juros cobrada pelos bancos permaneceu em 26,9% ao ano em julho, o mesmo patamar do mês anterior. A taxa registrada nos meses de junho e julho é a da série histórica do Banco Central, que começou a ser divulgada junho de 1994. Para o crédito pessoal, que inclui as modalidades voltadas diretamente para o consumidor (como crédito consignado, por exemplo) a taxa de juros de julho caiu para 44,8% ao ano e também é a mais baixa desde 1994, informou o BC.

O spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam e o que cobram pelos recursos emprestados), ficou em 26,8 pontos percentuais, o menor desde setembro do ano passado, quando ficou em 26,4 pontos percentuais. O spread bancário é composto pela taxa de inadimplência, pelo lucro dos bancos e por tributos, entre outros. Na avaliação de deputados petistas, a queda dos juros acompanha as reduções feitas pelo BC na taxa básica (Taxa Selic), além do aumento da oferta de crédito e a atuação mais agressiva do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. No caso dos juros básicos, a Selic iniciou 2009 em 13,75% ao ano e hoje está em 8,75% ao ano, após cinco reduções efetuadas pelo BC.

O volume de operações de crédito no Brasil cresceu novamente em julho e bateu novos recordes. O estoque total de dinheiro emprestado cresceu 2,6% no mês em comparação com junho e chegou ao valor inédito de R$ 1,311 trilhão. Nos últimos 12 meses a expansão foi de 20,8%.De acordo com informações da Agência Folha, houve crescimento de 7,8% no mês para o crédito direcionado, que inclui os financiamentos habitacionais e rurais, entre outros. O crédito com recursos livres teve expansão de 0,4%.

O número também foi recorde na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas, passando de 43,9% em junho para 45% registrado em maio. Esse indicador apresenta crescimento há 18 meses seguidos. O resultado levou o BC a rever a previsão para o nível de crédito no fim do ano de 45% para 47%.

Em relação aos novos empréstimos, as concessões acumuladas no mês ficaram praticamente estáveis em relação ao mês anterior. Houve queda de 1,5% no crédito para as empresas e alta de 2,5% nos financiamentos para o consumidor. Para agosto, dados parciais mostram uma expansão de 0,7% no crédito até o último dia 14. O crescimento foi de 1,4% para pessoa física; para as empresas, houve queda de 0,8%.

Fonte Secon

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