sábado, 22 de agosto de 2009

Balanço de nossa sociedade e distribuição de lucros


Nem sempre aumento do faturamento significa aumento do patrimônio líquido. Depende muito de outros fatores, como custo dos investimentos para tal aumento.

O planejamento e a gestão da aplicação de recursos influencia nos resultados de uma empresa.

Investimentos podem significar aplicação de recursos em ativos de liquidez circulante ou não. Podem significar uma demasiada captação de recursos no passivo diminuindo a liquidez. A aquisição de imobilizados pode comprometer a circularização de recursos se não houver um efetivo retorno a tempo de se refletir na obtenção de recursos. A função da empresa é dar lucro aos seus investidores, assim compreendidos os sócios ostensivos ou anônimos conforme o tipo de sociedade institucionalizada por um contrato ou estatuto social.

A análise de um balanço se faz após um determinado período. E um investimento em um determinado projeto pode significar aumento ou diminuição do patrimônio líquido em um determinado período que pode variar. O lucro depende da aceitação pelo mercado do produto objeto de tal projeto.

Na política não é diferente. E a moeda utilizada para medir o retorno dos investimentos é o apoio e a satisfação popular. Apoio e satisfação popular envolve muitas nuances, já que o que está em jogo são interesses diversos e antagônicos. Existem as grandes empresas e empresários que têm o poder de manipular as informações que influenciam a opinião. Temos a distribuição dos benefícios sociais que são capazes de neutralizar os investimentos em formação de opinião, uma vez que nosso sistema eleitoral considera o voto da maioria sem distinção do poder aquisitivo de cada indivíduo.

Notamos pesados investimentos em angariar o apoio popular. De um lado, através da divulgação sistemática de crises e escândalos que obteve alto faturamento. De outro, através da distribuição de benefícios sociais que não alcançam a todos. Ainda não fechamos o balanço e não podemos fazer a análise dos resultados. Ao contrário de um empreendimento regido por um contrato ou estatuto social particular, somos acionistas de um contrato social público e abrangente: somos ao mesmo tempo investidores, vendedores e compradores. O produto deveria ser algo ao alcance de todos, a um preço que todos pudessem pagar e cujo lucro fosse suficiente para suportar o investimento que fazemos: nossa vida em sociedade.

Temos que pensar sériamente que nossa escolha afeta diretamente a cada um de nós como compradores, vendedores e acionistas signatários deste contrato social e que seremos diretamente afetados pelas escolhas que fazemos. Precisamos planejar nosso investimento na eleição da diretoria para que nosso lucro seja maximizado ao máximo com benefícios para cada um de nós.

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