sábado, 23 de outubro de 2010

Campanha Presidencial e Liberdade de Imprensa

"A Folha protocolou ontem no Supremo Tribunal Federal uma ação cautelar para tentar acessar o processo que levou a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff à prisão em 1970, durante a ditadura militar (1964-85).  A medida foi tomada pelo jornal por causa da falta de decisão do Superior Tribunal Militar, que suspendeu por duas vezes o julgamento de ação da Folha para acessar ao autos referentes à participação de Dilma em organizações da esquerda armada.  Segundo Taís Gasparian, advogada da Folha, ao adiar a decisão, o STM "viola o direito da requerente de obter a necessária e urgente decisão que lhe permita ter acesso aos autos da ação penal".  A Folha justifica a urgência citando a "atualidade do interesse público", já que a candidata pode se tornar a próxima presidente. Por isso, solicita acesso antes da eleição, para os leitores conhecerem o passado de Dilma.  A Advocacia Geral da União, no último dia 19, pediu acesso à ação da Folha e suspendeu o julgamento..." 


Qual seriam as verdadeiras intenções da Folha de São Paulo para ter acesso ao Processo em plena ditadura à condenação de Dilma? Será saudade dos tempos da ditadura quando a Folha colaborava com as autoridades militares e se tornou um dos maiores veículos de comunicação do país?

Na reta final da eleições, as grandes empresas de comunicação que se tornaram "grandes" durante a ditadura militar querem que Serra vença as eleições para garantir a "liberdade de imprensa" existente nos tempos da ditadura militar. A liberdade de veicular ou não aquilo que estas empresas querem e lhes convém sem concorrência.

A partir de 2012 a Globo perde direito do monopólio das transmissões (ou não) dos jogos do campeonato brasileiro de futebol. Os jogos são transmitidos pela Globo quando se encaixam na sua grade de programação. Quando não se encaixam, os torcedores não vêm os jogos já que a Globo tem o monopólio das transmissões. Daí o esforço em transformar o episódio da confusão durante a campanha de Serra em Campo Grande, Rio de Janeiro, em um ato pró Serra. Tudo indica que houve uma grotesca edição de imagens para justificar a manobra para acusar os eleitores contrários à eleição de Serra de ato de agressão veja o vídeo abaixo:




O que será que estas empresas querem dizer com "liberdade de imprensa"?

Liberdade de imprensa passa pelo direito de todos e não de alguns para transmitir fatos com liberdade e direito de diversidade. Não podemos considerar monopólio como um ato de liberdade. A colaboração com a campanha oposicionista nos leva a crer justamente na luta pela manutenção de monopólios da informação. Ao invés de se manifestar a favor de um candidato, a maior parte das empresas tentam se mostrar como isentas e democráticas como se mostravam nos tempos da ditadura.

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