Mais de 200 anos após suas mortes no exílio, na África, três inconfidentes – José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota – ganharão lugar no Panteão do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), juntando-se aos 13 inconfidentes já sepultados no monumento. O sepultamento será feito nesta quinta-feira (21/4), Dia de Tiradentes, com a presença da presidenta Dilma Rousseff; da ministra da Cultura, Ana de Hollanda; e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura), José do Nascimento Junior, além do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e do diretor do museu, Rui Mourão.
Depois da execução brutal de Tiradentes, condenado à morte, enforcado e esquartejado em 21 de abril de 1792, os outros inconfidentes foram exilados para Portugal e África. Entre eles estavam os mineiros José de Resende Costa (pai), João Dias da Mota e Domingos Vidal de Barbosa.
Os três foram enviados para Lisboa em junho de 1792. De Portugal, seguiram para o degredo na África — dois para Cabo Verde e outro (João Dias da Mota) para a Vila de Cacheu, Guiné Portuguesa, uma região inóspita onde viviam algumas tribos.
Conforme documentos históricos, Domingos Vidal de Barbosa e João Dias da Mota faleceram logo depois, em 1793. José de Resende Costa, em 1798. De acordo com informações prestadas pelas tribos, os três brasileiros foram enterrados ao lado de uma pequena igreja da vila.
Em 1932, os despojos foram exumados na Vila de Cacheu, a pedido do cônsul brasileiro em Dakar, e identificados como sendo dos três degredados. A identificação, no entanto, baseava-se em informações prestadas por uma indígena, que havia ouvido de seus pais e avós a história de que naquele local estavam enterrados três brasileiros exilados.
Os restos mortais foram repatriados para o Brasil, ficando no arquivo histórico do Itamaraty, no Rio de Janeiro. Eles foram colocados juntos em uma única urna, em condições precárias.
Em 1936, o presidente Getúlio Vargas assinou decreto determinando o repatriamento dos despojos de todos os inconfidentes mortos nos degredos de Portugal e África. No mesmo ano, as urnas de outros 13 inconfidentes chegaram ao Rio de Janeiro e, pouco depois, foram enviadas para Ouro Preto. Em 1942, seria criado o Panteão dos Inconfidentes, para onde foram então levados.
Nada mais justo do que, neste histórico dia, homenagearmos os mártires de nossa independência.
Fonte: Blog do Planalto
Nossos queridos inconfidentes são herois brasileiros que merecem todo nosso reconhecimento e gratidão.
ResponderExcluirQue Deus os abençoe e muito obrigado pelo que vocês fizeram por nós povo brasileiro.
Com carinho
Ivana Pagnota