Em Washington, muitas pessoas não entendem a relevância continental do acordo entre Estados Unidos e Colômbia para que militares americanos usem as bases colombianas. As bases colombianas serão usadas pelos americanos em substituição à base de Manta, no Equador, que será devolvida aos equatorianos no próximo mês.
Desde que foi lançado o Plano Colômbia, com financiamento dos Estados Unidos para combater o narcotráfico e o que é chamado de "narcoguerrilhas", as relações militares entre Colômbia e Estados Unidos tornaram-se o centro de críticas e suspeitas. Em geral, os círculos políticos e militares da capital americana valorizam a importância estratégica da Colômbia dentro do esquema de luta contra o tráfico de drogas e dos planos de segurança hemisférica, mas esta discussão não é simplesmente técnica. E quando entram em jogos as considerações geopolíticas, as coisas complicam-se. No episódio mais recente, isso aconteceu não apenas junto a países retoricamente hostis contra a Colômbia, como é o caso de Venezuela e Equador, mas também com tradicionais aliados, como Brasil e Chile. Isso foi o que mais surpreendeu neste episódio. Estratégia dos EUA Grupos de direitos humanos que constantemente questionam o histórico dos militares colombianos neste assunto expressaram "preocupação" com o novo acordo. Fontes do Comitê de Assuntos Exteriores do Senado americano disseram à BBC que "não entendem" a polêmica sobre as bases. Uma das fontes disse que são "desproporcionais" as acusações de que os Estados Unidos usariam estas bases para invadir a Venezuela. Na quarta-feira, o ministro da Defesa encarregado e chefe das forças militares da Colômbia, general Freddy Padilla, disse em uma cúpula militar em Cartagena que as bases "não são bases americanas, são colombianas". Na mesma reunião, o general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul das forças americanas, destacou que o "tipo de material que vai estar ali (nas bases) depende da Colômbia".
Fonte: BBC Brasil
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