Giuliano Marconi, no fim do século 19, desenvolveu a transmissão de som por ondas eletro-magnéticas. Entretanto, sob a alegação da utilização de patentes já registradas, a Suprema Corte Americana concedeu a Nikola Tesla o mérito de sua criação.
No Brasil, em 1893, o padre Roberto Landell de Moura, em Porto Alegre, fez as primeiras transmissões de rádio no mundo, mas foi só em 1922 que se fez a primeira transmissão oficial, quando o então presidente Epitácio Pessoa, através de transmissores de 500 W, instalados no morro do Corcovado, onde hoje se acha o Cristo Redentor, fez discurso comemorativo do centenário da independência em 07 de setembro daquele ano e receptores instalados em NIterói, Petrópolis e São Paulo puderam captar o som do pronunciamento.
Em 1923, através do médico gaúcho Edgard Roquete Pinto, antropólogo, juntamente com Henrique Morize, entusiastas de tal meio de comunicação, conseguem convencer o governo e fundam a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que transmitia programas culturais, com apresentação de música clássica, temas culturais e poesias. A utilização comercial era proibida.
Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, foi permitida a utilização comercial do rádio. Naquela época locutores paulistas utilizavam o rádio como instrumento para conseguir adesão para a Revolução Constitucionalista de 1932, quando Paulo Machado de Carvalho abriu os microfones da Rádio Record para que César Ladeira lesse manifestos oficiais do movimento, quando tentaram a deposição de Getúlio.
Em 1935 se dá a inauguração da Rádio Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro e a rádio Kosmos cria, em São Paulo os primeiros programas de auditório. Em 1936 é criada a Rádio Nacional no Rio de Janeiro, líder de audiência durante duas décadas, seguida pela Rádio Tupi, em São Paulo.
Em 1937 é criado, por Getúlio o Departamento de Imprensa e Propaganda, que faria a difusão de propaganda ideológica de seu governo e, em 1936 Getúlio Vargas instituiu o programa oficial do governo, denominado a Voz do Brasil, que existe até hoje
No início os aparelhos recetores eram muito caros, todos importados. Mas com o governo de Getúlio e a industrialização na décadda de 30, os aparelhos se popularizaram. Em 1946 as válvulas são substituidas por retificadores de selênio e, quando parecia que o rádio perderia seu lugar para a recém inventada televisão, surge, em 1954, os rádios transistorizados que permitiram sua sobrevivência e garantiram, até hoje, sua popularidade.
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