De acordo com o coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, Sued Castro Lima, a maior parte das drogas consumidas nos EUA é produzida no próprio país. Para ele, a intervenção estadunidense na Colômbia serve para "promover o esmagamento dos movimentos populares ou revolucionários que surgem na América Latina e intimidar ou neutralizar iniciativas regionais autônomas nos campos econômicos e de defesa, como é o caso da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL)".
Sued é engenheiro civil e já participou de diversas missões militares nos EUA, Israel, Argentina, Chile e Rússia. É membro fundador do Observatório das Nacionalidades, entidade de pesquisa ligada à Universidade Federal do Ceará (UFC) e à Universidade Estadual do Ceará (UECE).O argumento de fachada de combate ao narcotráfico há muito se perdeu. Desde que foi iniciado, no ano de 2000, o Plano Colômbia tem redundado em enorme fracasso. A produção de cocaína vem aumentando, exatamente porque aumentou o mercado, concentrado em sua maior parte no EUA. Segundo o Washington Office for Latin America, órgão do governo dos EUA, o preço da cocaína no país caiu 36% nos últimos anos. A queda do preço é mais resultado do incremento da oferta do que de uma redução da demanda. Os EUA continuam sendo os maiores consumidores de cocaína do mundo, com 2,5% da população viciada na droga, algo em torno de 7 milhões de pessoas.
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